16.3.09

CORPO ANIMADO

Move-me o Amor

Não desistas. Crê e falha!



Repito o que aqui escrevi no meu último post, e se coloco estas duas fotos é porque num dos comentários sou "acusado" de o não ter feito, apesar da barra ao lado ter um cristal com imensas fotos minhas...

Este é, então, o meu repto. Que com um pouco de boa vontade (acho que não é preciso coragem) todos punhamos num post, apenas a nossa foto que pode ficar ilustrada com um pensamento nosso ou de outrém. Não porque o rosto seja feio ou bonito mas para podermos "incorporar" no nosso padrão de visualização do blogue, não apenas o mundo interior da pessoa mas também o corpo, a cara que transporta na vida. Se alguém invocar ser feio, sem graça ou o que for, respondo que devemos gostar de nós não gostando sempre de nós. Ou seja, não basta aceitar o que se é, mas aprender a gostar do que se é. Da mesma maneira que deve haver uma gestão emocional, deve também existir uma gestão da nossa relação com o corpo. É que cada um de nós não tem corpo. É corpo. Sem o corpo biológico ninguém pode ser feliz. E temos de aprender a viver com o corpo sem ser segundo a grelha da leitura estética do tempo em que vivemos. O corpo é outra linguagem; está sempre a falar. Também não é por acaso que somatizamos. Somos um todo. Por isso diria isto: não corpo e alma. Há corpo animado. Não afecto sem corpo. Nem o corpo é algo para se comparar, porque o ideal de beleza depende da fase da vida e do nosso próprio padrão.

Nós também somos rosto, e se por vezes partilhamos tanto indo ao fundo da alma, é estranho ser o anonimato o outro lado dessa revelação.

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Ezequiel Coelho: "A ideia dos rostos é tremendamente válida e justificada. É bom poder "colar" um rosto a uma alma". // Obrigado pelo comentário. É precisamente isso.

susana: "sem saber coloquei a minha foto:) embora já tenha outras ao longo do que tenho vindo a postar. Também queremos ver uma tua, que aquilo ali ao lado não dá para ver como deve ser: a frase que eu poria debaixo da minha fotografia seria: com amor tudo se alcança". // Obrigado por (já) mostrares o teu rosto. E a culpa deste post é tua,. Tirei as fotos acima ontem na Fnac do Chiado pensando no blogue.

San'Iago: Agradeço as palavras e penso a funcionalidade muito boa. Mas estás em falta quanto ao desafio ;) UM abraço grande.

Rafeiro Perfumado: "Vou concordando contigo. Quando criei o rafeiro, a ideia era manter-me completamente a um nível virtual, mas o convívio de ideias rapidamente deu origem a amizades, e lentamente fui-me dando a conhecer. Talvez seja por isso que fui criando meios adicionais para dar a conhecer o "dono" do rafeiro, como o Facebook, onde aí dou a conhecer o meu rosto." // Obrigado, amigo Rafeiro. É mesmo isso: somos levados para além do que supunhamos. Um grande abraço.

Roderick: "Já coloquei fotos minhas,mas depois retirei-as. Quando me apetece coloco-as, mas não me gosto de ver em fotos." Tem dias, eu entendo. Mas tenta reler o que escrevo no último post e neste repito acima sobre sermos corpo. Não gostando de nós todos os dias, mas aceitando-nos. Obrigado, Roderick.

Heartbeats: Não sejas mau. Esperava mais de ti ;) Grande abraço

Sad Tear: Podias ter ido mais longe :) beijinhos e obrigado

Karlytus: Obrigado pelas palavras sobre mim e sobre o blogue Quanto ao repto estavas por natureza dispensados por teres foto :) Um abraço particularmente agradecido pelo que dizes.

Bruce : "É assim que a alma transcende o corpo, olhando para ele de fora, tal sistema fechado, onde penetra energia mas a matéria permanece fora". Obrigado pelo teu comentário que era muito mais do que isto e muito prosaico, mas todos sabemos que o enigma, o segredo, o que está ali? é que dá muita cor e ânsia por ser mistério. Todavia, há mistérios que, por serem desvendados, se tornam ainda mais bonitos e brilhantes. A menos que queiramos ser eternamente um enigma... Obrigado por escreveres e por me seguires. Um abraço muito grande, amigo.

AnAndrade: " Concordo.Vivam os rostos por detrás das palavras". Obrigado, Ana. Beijinhos.

Rosa caída : "Não somos apenas uma alma, um coração ou uma opinião, somos também um corpo e um rosto tal como diz.Quem escreve une-se em tantas vertentes, vamos agora fazê-lo pela imagem.". Retribuo o beijo e o bom fim de semana, e acredite que agora quando vejo o blogue, torna-se mais empático lê-lo :) A Nely passou a ter um rosto :) Beijinho e obrigado

Paulo - Intemporal: "Li e re.li este post vezes sem conta ___________.E levo a mensagem que aqui transmites e que tão bem entendo o conteudo." Já te respondi, querido amigo, mas nunca é demais agradecer-te as palavras. Um abraço.

Ricardo: "Dançar nunca foi comigo, mas confesso que já pisei muitos pés! :)" / A mim saiu-me, espontaneamente. Depois é uma questão automática em (quase) não pisar pés ;) Outro para ti, Ricardo.

José Heitor Santiago: "O rosto está !Mas também se veste de mil expressões!…Publicarei uma foto de corpo inteiro,sem as roupas com que me vestem.Mesmo sem a parra!Abraços". - Interessante e desafiante resposta. Mas estás em dívida, com ou sem parra ;) Abraço

Mariz: "Eu mostro! Estou aí! tudo o que escrevi é verdade!Não me escondo nem me mascaro.E porque o faria?! Não tenho vergonha de mim e gosto de ser QUEM SOU!// Bem, a Mariz é uma força da natureza, pelo que me é dado a perceber no blogue. O que têm uns a menos, noutros é do mais elementar. Um beijo e obrigado.

Aos Que Não Responderam: Obrigado a quem respondeu no próprio blogue colocando fotos no post com a tal expressão que entenderam (Ângelo, tu estavas dispensado por motivos mais que óbvios - filminhos onde apareces a falar com amigos e no teu dia a dia é simplesmente delicioso, tenho de ir lá com mais calma que já vi que promete); e a quem não respondeu nem aceitou o desafio, eu tenho de pedir desculpa se por qualquer motivo se sentiram demasiadamente interpelados por alguém que não conhecem (eu), mas não concebo blogues pessoais em que se fala em diferido (via comentários e e-mails) e vamos mostrando um pouco de nó mesmos apenas pelas opiniões relativas a situações exógenas, quanto mais de situaçoes pessoais, sem que um rosto possa lidimamente dizer que é ele quem incorpora tudo o que vemos na alma e o tudo o que lemos no espaço.

E deixaria a todos outro desafio (ok, nao me batam): que pensem outras situações onde a interactividade seja o móbil, o busílis, o que lhe queiram chamar, e tornar um espaço frio e distante (a net) num espaço mais humanizado...

Para Sempre,

Daniel