3.8.09



Por contraposição a uma conferência/workshop que mais parecia uma passerelle de vaidades, suspirei tanto pela simplicidade de quem nada sabe, pela felicidade da senhora das limpezas e pela despreocupação natural dos homens do lixo ou de quem trabalha nos postos de gasolina ou... que me transportei para uma rua imaginária, com uma calçada onde lavo as pedras para ficarem mais brilhantes deixando a condução do mundo aos doutos e aos sábios.

Há férias tão simples e tão boas como ouvir os pássaros, sentir o cheiro dos arbustos e o descanso do mar. Não as terei. Serão citadinas, com prazer e gosto, mas não tanto quanto ficar algures a contar as melgas, a jogar jogos de mesa, a contar histórias, num dolce fare niente.

Fui então sozinho para me sentir mais real e mais humano longe de tanta gente importante, à exposição do Titanic que continua em Lisboa, no Rossio, e que já esteve aqui anunciada no blog. Hoje não tenho grande paciência mas amanhã ou depois colocarei as fotos que tirei em exclusivo, uma ilicitude inocente que fiz dado que não sabia que não se podia tirar e só vi isso quando estava cá fora no papel :) Por isso aproveitem as fotos no próximo post ;) Até lá, fica um filme que se torna mais impressivo para quem viu algumas coisas ao vivo (como eu hoje) e por isso mesmo não o olha da mesma maneira. Pouco depois do minuto dois, há uma simulação de como o barco se afundou ao embater contra o iceberg. Nada de romantismos com Celine Dion e os protagonistas do filme, mas pelos 1523 passageiros mortos e pelos 720 salvos.

Estou mesmo cansado de ver existências. Apetece-me viver. Sentir o ar do campo, a aragem matinal, o azul do céu e o verde e castanho e amarelo e colorido da terra. Depois... depois viajarei...

Até já.