30.8.10

... DO SENTIR...






Abre o teu espanto ao Dia!

E recebe o que por tuas mãos
julgavas não merecer!














Regresso sempre à Noite!

Ampla! Imensa! Só!

Porque é regressando à Noite que caminho em mim...






Confesso-me ao silêncio
e ele revela-me o mundo.

No meio de tantas presenças somos incrivelmente sós.








Sentes o desalento e o escuro no olhar? Que mais vês? Cansaço?

As águas não estão enquinadas nem o céu se corrompeu.

É a alma que pede o infinito que não tem. Porque o Aqui não lhe pertence.

Suspiro. Há muito me rendi ao Tempo!