4.8.11

POR BECOS E VIELAS SE FAZ A VIAGEM E O ENCONTRO





A felicidade pode estar nas pequenas viagens e nos sítios e momentos que menos tomamos como a sendo. Basta não estarmos constantemente à procura da viagem.  A felicidade também se encontra nos momentos, no deixarmo-nos perder... para nos admirarmos como nos encontrámos pelo braço de alguém anónimo, ou no átrio que desconhecíamos do nosso próprio jardim. O resto é o peso das teias que acumulamos na impreterível maneira de ser, justificando com isso todas as nossas atitudes.  Quantos não acabam sós logo no início em nome do orgulho e de viagens que nao fazem ao interior de si?









Temos sempre de repensar e actualizar as nossas decisões. É que a felicidade é também e, sobretudo, o simples gesto do encontro, o riso descontraído e aberto, o ser confiante, a comunicação autêntica.









A começar por nós, substituindo solidão por silêncio, pela aceitação da realidade como é, sem laivos de purismo ou de que há sempres pessoas que não prestam, sendo nós sempre aquelas que estamos melhor! Nada disso! Viajar é descobrir essa verdade básica de que, como dizia Terêncio, "nada do que é humano reputo alheio a mim".














Se não soubermos calcorrear avenidas e praças, largos e jardins, mas também as vielas da vida, os becos e os locais ditos não recomendados, nunca teremos a visão do Humano, com tudo o que tem de grandioso e mais desonrado. É que se não soubermos viajar também assim, fisica e interiormente, estaremos sempre a fugir de nós!