11.3.12

ESPELHOS


de luz e cor te vejo em projecções de alma ampliada.
ritmo fulgurante e único de um espectáculo de viver.

aplaudo a alegria e o som nos concertos diários de vida
e no luar me apercebo que os restos de passagem
 não são teus nem de ninguém,
que o estrondo que causas nao se inventou ali.   


somos todos estrelas 
de um universo humano
onde ao outro outorgamos o sol.
sinal próprio da poeira
que se não acredita e mitifica.

e neste vogar no universo
emprestamos sempre a luz
a quem tantas vezes é solo árido
das sementes humanas que pairam por aí,
em testemunhos pessoais e anónimos
que fertilizam o terreno desbravado,
limpo e receptivo de uma outra aprendizagem.

de luz e cor se vê tanta vez um cinzento medíocre,
mas no final da caminhada
reconhecerás com espanto
 o teu fulgor.