20.7.12

O TAPETE






Onde vais partindo no tempo a textura das horas?
Onde deixas soçobrada a manhã
que arrepias da noite em
selvagens cantigas?

Perscruta na aurora as estrelas
que indicam o caminho
 que o dia apaga
em incessantes ofertas
de um glorioso vazio.
 
 
Onde vais de verde e de carmim,
de azul e dourado nas cores
 das sombras claras?

O tapete que dá as boas vindas
não se encontra  nos teus
 sonhos aladinos, mas no fundo
das lagoas que fazem morar em ti
o olhar das pétalas que
caminhas sem olhar...