11.7.12

SILÊNCIO DE PAZ


A cada noite um suspiro breve. Em cada silêncio um novo amanhecer. Raios brancos em melodias de amor. Sem inquietação nem ruído, como tempo eternizado. É o momento do ser. Manto diáfano em violinos nocturnos que hão-de abordar a manhã. Sente agora a tranquilidade da emoção, como se vogasse nos céus uma gaivota. Inebria este aroma perfumado de paz, e vê quantas pérolas tens perdido no electrizante stress da agonia diária.

É num silêncio de paz que os grilos cantam as estepes, e as cigarras se casam com os lírios. Que os nenúfares se beijam em lagoas que nos brilham nos olhos. Que as mãos se dão em gloriosos feitos anónimos. E se deste encanto e certeza souberes guardar o som, agraciados serão os teus lábios no sorriso do encontro que te refaz.