5.8.12

A FORÇA DO AMOR...



Pegarei no punhal com a tenacidade
de quem nada deve à vida,
de quem não sente a morte
como outro inimigo,
de quem não converterá em ódio
o amor subtraído.

Pegarei no punhal para não secar no
cimento da alma, a ferida profunda
que rasgou a entrega, e impedir que
gotas escorram no sofrimento
de uma cicatriz mal fechada.

E se em correntes convulsas me lavo,
como num mar de emoções sofridas,
nenhum punhal poderá
reclamar para si o triunfo
de um coração em trevas,
porque só um amor sublime,
uma intenção pura e uma oferenda
sem limites, poderão resgatar
no balsâmico luar da paz,
tudo o que a morte quis em vida
levar de mim.

Esta é a maior vitória
ante um punhal de morte:
a força do amor!