14.10.12

APRENDER A AMAR!

Em que somos iguais e em que divergimos? E quão grande é esse fosso na diferença? Sentada e envolvida na conversa que fala de limitações pessoais mesmo que autoimpostas, a dada altura acode assim ao tema: não podemos ter uma visão infantil de que alguém estará ali incondicionalmente para nós! Aquilo acendeu-me não sei quantas luzes vermelhas, e lá se foi a concordância que até ali mantivera. Eu não seria tao descrente - discordei eu. É certo que não podemos ter uma visão idílica do mundo e do outro, mas também temos de educar o amor. Acredito nessa incondicionalidade. Ela ficou pensativa e a mim deu vontade de vir embora, porque é precisamente por cada um deitar o seu anzol cobiçando o do outro e o que ainda nao tem, que o mundo se entorna em egoísmos velados e individualismos travestidos de circunstanciais bondades. Se o amor pode ser incondicional? Entendam o amor da forma que quiserem, mas a resposta so será nim, se sobre nós impenderem visões calculistas do eu, numa espiral colectiva de desconfiança e frustração. Decididamente, há que aprender a amar...