18.1.13

POR VEZES BASTA ASSIM





Por vezes basta um empurrão, um sorriso ou simplesmente comer um gelado. Outras vezes basta não pensar mais nada e simplesmente ir dormir: depois do descanso temos outra perspectiva. Outras vezes ainda, basta um abraço ou sentirmos o momento no presente e não a ansiedade exagerada do futuro em idílicas situações. Somos muito do que pensamos e muito do que sentimos, e deixar que a regeneração se faça pelas mãos abertas da emoção, do deixar fluir o que quer que sintamos sem recriminações nem libertismos, parece-me não apenas suadável como humano, e em constantes exercícios automáticos de nos pensarmos assim, certamente diluímos muitos bloqueios auto infligidos ou impostos por crenças que nos dominam sem efectiva correspondência com a realidade.
 
Por vezes basta abrir a janela, ouvir uma música ou interagir. A vida vive-se agora, a cada instante, com a dor da fragilidade humana e com a vitalidade da sua própria redenção...