Aprenderás do sentir
e da dádiva
como quem vê
um filme de amor,
onde as mãos se dão
sem as vermos,
e a cada intensidade emotiva
percebes que as ligações são
filigrana humana
tecida pela sensibilidade
que amacia o suposto
saber, e questiona
a perspetiva das coisas.
A cada dia ouvirás o
canto da alegria
e sentirás que o pulsar
da vida reside fora de nós,
no que amamos e cuidamos,
como sementes crescidas
de um alimento que nutre.
Só descansando no outro
o que o outro em nós descansa
nos bifurcamos num caminho unido
onde o sol amanhece azul
e a noite se veste dos dois
em sorrisos e palavras
que o coração de antemão conhece
E assim,
na simplicidade das coisas
ensinarás com o teu próprio coração...
