20.12.14

NATAL E ANO NOVO



E de repente Natal! Amado por uns, odiado por outros, indiferenciado por alguns. Mas o que o Natal começa logo por ter de diferente, é o facto de não celebrarmos nenhuma fantasia, como o Halloween ou o Carnaval, em que nos impomos festas inventadas. O Natal comemora o nascimento de Jesus há mais de dois mil anos, numa noite fria que hoje corresponderia eventualmente à altura do verão, e que os primeiros cristãos adoptaram para esta altura devido ao solstício de inverno onde se comemora a festa da luz, sendo Cristo apresentado como a Luz. O Pai Natal, as renas e duendes são inventados, sim, mas não a figura principal que é a razão de existência do Natal, e que é o próprio Deus-Menino!

A mensagem é clara: Deus faz-se presente na humanidade despojado de grandezas e solenidades, nascendo numa gruta entre animais! E como nós hoje nos esquecemos disso e valorizamos o supérfluo, a futilidade, o opaco, e inventamos sorrisos e prendas sem cuidarmos do essencial: despojarmo-nos a nós mesmos dos nossos vazios e vaidades, da nossa própria falta de visão e autocrítica, da ausência de humildade!

O melhor Natal é sempre o presépio do nosso coração na atitude e no gesto do acolhimento e do amor. Quem não entender isto não entende a quadra, porque o Natal faz-se no abraço ao outro, na entrega e na alegria verdadeira partilhada na condição de todos sermos capazes de tornar o mundo melhor, e é nesses momentos que se faz (sempre) Natal!

É neste espírito de amor, alegria e conversão interior, que desejo a todos um Santo Natal, na alegria da partilha, e que o Ano Novo comece com uma consciência limpa e arrumada,  sem a qual nunca estaremos prontos para os melhores desafios que, por certo, se avizinham...
 
Boas Festas!