A cada noite um suspiro breve.
Em cada silêncio um novo amanhecer.
Raios brancos em melodias de amor.
Sem inquietação nem ruído,
como tempo eternizado.
É o momento do ser.
Manto diáfano em violinos nocturnos
que hão-de abordar a manhã.
É num silêncio de paz
que os grilos cantam as estepes,
e as cigarras se casam com os lírios.
Que os nenúfares se beijam
em lagoas que nos brilham nos olhos.
Que as mãos se dão
em gloriosos feitos anónimos.
E se deste encanto e certeza
souberes guardar o som,
terás conhecido o céu
da tua alma...