27.7.15

MOMENTO D'ALMA

A cada noite um suspiro breve.
Em cada silêncio um novo amanhecer.
Raios brancos em melodias de amor.

Sem inquietação nem ruído,
como tempo eternizado.

É o momento do ser.
Manto diáfano em violinos nocturnos
que hão-de abordar a manhã.

É num silêncio de paz
que os grilos cantam as estepes,
e as cigarras se casam com os lírios.

Que os nenúfares se beijam
em lagoas que nos brilham nos olhos.

Que as mãos se dão
em gloriosos feitos anónimos.

E se deste encanto e certeza
souberes guardar o som,
terás conhecido o céu
da tua alma...