3.8.15

VIAGEM DENTRO DE SI

 
 
O calor convoca-me sempre o infinito, os dias longos, as noites límpidas, o verde das árvores e recantos, o amarelo dos campos, o azul verde do mar... Há um intervalo existencial a descobrir, como quem mergulha em si, redescobrindo-se, reavaliando-se, descendo a si mesmo, entrando em contacto com os seus medos e anseios, com as dúvidas e incertezas, explorando as capacidades, reconhecendo-se muito mais limitado do que se supõe e muito maior do que se julga!
 
Um paradoxo que só o tempo vai limando, trazendo à colação a própria vida, devolvendo horizontes de olhar onde antes tudo era muito mais linear e por isso redutor!
 
Estar, simplesmente estar, sem agendas nem frenesins, neste tempo quente, é já uma aceitação e enriquecimento de que apenas valemos pelo que somos, na tal redescoberta pessoal que tanta vez o ruído dos dias nos cega a conhecer...