19.2.16

HOMOS SUPERFICIALIS

 
 
A questão do homem light é uma questão recorrente, a relatividade suprema das coisas, e é isso que respondo quando perguntado sobre os reality shows.
 
Um amigo diz-me que aquilo é só burrice. Eu acrescentei que burrice é a base; depois tem massa folhada servida com bimbice crocante, parolada cremosa, ausência de princípios estaladiça e um top de muita panca, sem falar da exaltação da infidelidade, do vazio moral ou da absoluta falta de tudo.
 
É a formação humana em falta, apadrinhada pelos media sempre vorazes na condução superficial da vida, numa espécie de pedagogia ao contrário, tentando legitimar as modas e correntes apenas porque existem...
 
Não se pode ser feliz se não vivermos em verdade e em amor. Nada de moralismos, conservadorismos e afins, mas não confundir a ausência disto com relativismo e puro hedonismo!
 
O Homem light está mais do que nunca presente em tudo, omisso e relapso, ondulante, serpenteando cinicamente no seu próprio vazio.
 
É por isso que é muito bom podermos contar com alguém que sabemos que estará presente a qualquer hora e momento, como uma extensão de nós que acolhe e partilha, que alegra e suaviza, num amor ou amizade que se constrói assim, sem equívocos, num sorriso presente mesmo quando não está...