14.9.16

RAZÃO E VERDADE

Sem distanciamento interior temos sempre tendência para justificar os nossos actos e os dos outros mesmo que a atitude seja reprovável! Além de habitarmos um mundo confuso e desordenado, legitimamo-lo pelas nossas acções e pelos nossos silêncios.
 
Inalamos a poluição humana com um tal sentido hiper-crítico que nos tornamos elos de uma massa escudada em si mesma, mas esse sentido critico não é de desafectação, de imparcialidade na aferição da realidade, mas de pura crítica sectária!
 
Assistimos a uma descaracterização do ser humano naquilo que devia ser a essência da verdade, e depois achamos normal desde as inverdades políticas, aos gestos incivilizados, erros de palmatória ou falta de puro sentido de ética!
 
Esquecemos dramaticamente que os valores não são bens transacionáveis conforme nos dê jeito ou não defendê-los! O sentido de justiça e imparcialidade devia ser sempre superior às opiniões de circunstância e conveniências de momento.
 
É necessária a aprendizagem do Amor, mais do que a simples empatia da solidariedade, e o Amor é sempre justo e verdadeiro! Não a imagem que fazemos dele! E o verdadeiro passaporte para a condição de ser Pessoa é a formação humana, porque só ela preserva os valores e garante a justiça! Cabe-nos, por isso, estar atentos e actualizar as nossas decisões. Antes que nos desumanizemos sem dar por isso.