22.4.17

VOLATILIDADE E PERENIDADE

Gosto de saber que nem tudo é efémero, volátil, ao sabor das modas! Gosto de saber que as coisas não são só boas enquanto duram, que cada um pode fazer do momento a sua própria eternidade! Não me assusta a constância das coisas se nela houver a possibilidade, não apenas do erro, mas do desvio criador, do riso que se solta, da palavra que desinstala do bolor interior. De saber que podemos surpreender e ser arrebatados à novidade que não conhecíamos. Gosto dessa constância que não deixando de ser dinâmica nos marca como seres distintos e únicos, porém tão iguais nas necessidades psicológicas de amor e compreensão, de segurança e conforto!
 
E mesmo quando nos calham os azares, de aprender com os erros e não de os legitimar, de abraçar e não de ferir, e de instigar sempre no outro a aceitação do novo e do recomeço pela desconstrução do próprio eu! A fatalidade existe nas coisas que acontecem e o desamor nas atitudes que possamos tomar, mas não saem das nossas mãos nem o coração o sente assim; esses sim, são momentos de prova, mas momentos, e não a constância da perenidade que quisermos ter...