13.10.17

DESCONSTRUIR O EU

A desconstrução do eu requer muitos recursos, mas pelos quais devemos diariamente lutar. Humildade para nos reconhecermos mais falíveis e finitos do que nos pensamos, o que é nova machadada no ego sempre sequioso de mais brilho e poder! O ego é um centro de comando que necessita continuamente de vigilância, sob pena de autismo de valores e capacidades! Um pouco mais abaixo, e surgem complexos de inferioridade; um pouco mais acima, e já nos julgamos omnipotentes!
 
Outro recurso necessário à desconstrução do eu, sempre maquilhado com preconceitos, valorações distorcidas e percepções erradas da realidade, é a coragem para enfrentar a mudança, os medos e até as críticas de uma nova visão por parte de quem ainda não conseguiu esse trabalho.
 
A resiliência é outro recurso indispensável, dado que são vários os escolhos no caminho, lento o resultado, e obriga a caminhos mais solitários até à plenitude da assunção pessoal na sua fragilidade e no seu vigor. Sem a noção de que a asuência de uma atitude constante de autocrítica nos tornará balofos a massajar o ego, a mudança não se faz e o crescimento fica comprometido. Importa sermos grandes naquilo que verdadeiramente somos.
 
Precisamos de trabalhar diferentes recursos, para nos realizarmos na plenitude de seres humanos, que se devem a si e ao mundo, muito mais do que geralmente damos e somos.