30.7.19

DESCANSO E FÉRIAS



A felicidade não se preenche com longos cruzeiros, festas sunset, e jantaradas contínuas onde depois não resta ninguém, mas na capacidade de saborear as pequenas coisas, os pequenos gestos, fruir o momento sempre tão cheio de ruído que também nos cabe silenciar...

Vivemos sozinhos juntos, e é por isso que os paradigmas existenciais se acentuam ainda mais. Mas é também na capacidade de aceitação da vulnerabilidade e solidão pessoais, que todo o resto se ergue e alavanca. De outra forma, vivemos encantadoramente felizes no desencanto que também nós criamos, e só estendendo as mãos e os braços ao Outro, fazemos brilhar o sol prisioneiro nas nuvens despóticas do eu!

O resto é vaidade e desconhecimento de que somos finitos, limitados, mesmo com portais de sabedoria que só a experiência humana da partilha e da humildade poderá dar...

Até lá, cabe fazer do barulho das jantaradas e das sunset parties, o silêncio partilhado de um ritmo solto e leve, como quem comunga e não como quem cumpre um evento.

As férias somos nós que as criamos na paz que conseguirmos ter, e não na agenda apertada onde não há tempo para ninguém, incluindo nós...