Falta-nos o encanto, a dose de humor, a entrega. Falta-nos saber conduzir o tempo e não de sermos levados animalescamente por ele. Falta-nos soltar as palavras belas e inconfundíveis como se fossem pequenas fontes de água fresca, e não uma sucessão verborreica a imitar um esgoto que a espaços convulsos deita água suja ao mar.
Urge voltarmos a ser crianças e não apenas de pegarmos nelas. De desdramatizar o que dramatizamos e de valorizar o que desvalorizamos.
De esquecer o vaidoso e enfatuado ego, para a simplicidade do sorriso e da partilha, de subordinar a altivez ao gesto humano da dádiva e comunhão.
A vida existe e acontece na medida da nossa atitude. Há que fomentar o gesto diário e pessoal da comunicação, do sorriso, da frontalidade educada e da construção do edifício humano, do seu tecido valorativo nas relações interpessoais de serviço e amor.
De outra forma, estaremos tristemente a viver um destino que não é o nosso...