2.1.20

LIBERDADE INTERIOR

Gosto de ser livre, despido dos cânones sociais e dos respeitos humanos, das quotizações intelectuais que enclausuram o espírito, de não ter problema algum em educadamente expressar o meu sentir sem limitações de ficar ou não bem nos círculos intelectuais e sociais, de brincar com as situações, de ser simples... Mas é preciso também muita interioridade. Precisamos, não apenas de não estarmos presos a uma credibilidade social que é fantasiosa, como de não deificarmos o ego. A razão é cega, não vê as coisas como elas são, não olha para o homem como ele é, não olha para a realidade como ela é, não olha para o mundo como ele é! E é por isso que não se surpreende com o espanto, com a novidade, nem regista a mudança. A magia acontece sempre que acreditamos nela, e o ano corre bem se fizermos a nossa parte, desconstruindo preconceitos, abraçando sem pruridos, sabendo que o humor é uma preciosa ferramenta para os reveses da vida, e que se esperamos muito da vida e do ano, também a vida e o ano esperam muito de nós. O Aqui é Agora será sempre mais importante do que a matemática do viver...
No início de mais um ano, com tudo o que tem de psicológico, os meus renovados votos de um caminho interior que desemboque sempre na essência, e saiba fugir à superficialidade das coisas, usando o catártico humor porque já todos temos a parte de sofrimento e precisamos de oxigénio para a caminhada, e não esquecendo de alimentar a alma com as coisas simples da vida, essas que trazem a verdadeira felicidade, desde um sorriso partilhado, uma contemplação do mar, a escuta do bonito silêncio da noite, a Partilha humana, a assumpção das nossas fragilidades num desabafo terapêutico, e muita liberdade interior...
Bom 2020... na humanidade que também nos cabe fazer 🌟