6.5.20

FREUD





Nascido a 6 de Maio de 1856, Freud faria hoje anos. "A psicanálise é, na sua essência, uma cura pelo amor", dizia ele. Na realidade, muitos dos nossos problemas são fruto de solidão, de aguentar a todo o custo o fardo emocional da competição e do desamor, de nos rasgarmos interiormente para brilharmos com um fulgor que esconde as nossas próprias sombras. Mas nada disso é inteligente! 

A resiliência, a persistência, o acreditar em ir mais longe e não desistir, não é a competição do mais forte ou a inflamação do ego que, não raras vezes, leva à depressão e ao psiquiatra, mesmo que se negue a síndrome da autosuficiência, campo ilusório que invariavelmente conduz ao sofá do terapeuta. 

Ninguém se faz sozinho mesmo quando pensa que sim, e só é inteligente aquele que se permite sentir, que rega as emoções e se abre ao amor, essa capacidade de nos reconhecermos humanos no Outro admitindo também a falha em nós! 

Ser humano não é ser perfeito, e endeusar a razão é alimentar a solidão! Freud tinha razão quando dizia que a psicanálise era uma cura pelo amor; não porque seja esse o único caminho, mas sim por ser o último recurso, quando se esgotaram as hipóteses de concedermos a nós mesmos a capacidade de ser,, de sentir, e de amar...