7.9.20

NÃO CONTES A NINGUÉM QUE ME VISTE...

 


Não contes a ninguém que me viste. Que despiste a armadura e conheceste a minha alma.

Não contes das ondas silenciosas que murmuravam o meu nome para eu não me envergonhar, e das gaivotas mansas que fingiam não perceber quem passava. Não contes que foi o vento a desintegrar as palavras que disseste, e que apenas eu ouvi na confissão que também eu faço.

Quando no fim do dia o sol se põe grandioso e ainda antes já a lua se manifesta transparente, não contes que neste crepúsculo os meus cansaços estavam guardados, e com eles construíste um novo olhar...