18.1.21

DIA INTERNACIONAL DO RISO


Estar alegre, não é ser necessariamente feliz, mas carregar com um sorriso libertador, aquilo que a vida não faz por nós...

Celebra-se hoje, o Dia internacional do Riso, e o riso é uma arma poderosa. Não porque existam sempre motivos para rir, quando tantas vezes é exactamente o contrário, mas porque o riso é uma terapia, de tal forma que existem empresas, também portuguesas, que começam o dia com uma sessão de meia hora de riso, mais ou menos orientado, o que parece ridículo, mas leva a que se crie boa disposição e, com ela, maior eficácia no trabalho.

Quando rimos, atiramos para longe a carga emocional e psicológica do sofrimento, abrindo comportas de oxigénio para a alma, também esta constantemente invadida pela poluição humana da sobrepreocupação, do quadrado da existência, do ruído, da ansiedade e da urgência.

Esta higiene mental do riso, é, também, saúde pessoal e colectiva, porque se contamina com humanidade, o que outros cospem com acidez e frustração, ou quando andamos tolhidos há um ano pelo covid numa vida ainda disfuncional porque somos seres relacionais.

Muitas vezes a dor é forte, o pessimismo é terrivel, o desalento mata os sonhos, a solidão destrói e encarcera, e em tudo isto, a resiliência, a capacidade de superar e acreditar, a entreajuda e essa formula mágica que é o amor e a amizade nas suas diversas manifestações, têm um papel crucial na noção nem sempre presente de que a vida é dinâmica, e de que muito do que teorizamos e planeamos, acaba por acontecer ao lado ou nem acontecer.

Saber rir, está longe de representar uma pessoa feliz, antes alguém que não faz pagar o mundo pela parte que lhe coube, e que relativiza artificialmente o seu próprio sofrimento, exorcizando-o!

É certo que o crédito social costuma estar associado a um ar mais pomposo e austero, mas são estas disfuncionalidades sociais que enclausuram e bloqueiam, já que recalcamos a emoção por interditos sociais, ou simplesmente a liberdade de sermos nós mesmos, preocupando-nos com a imagem a manter ou porque parece mal. Isso, não apenas é uma desinteligência, como um atentado, sem falar nas consequências práticas dessa rejeição auto imposta...

Eu faço a minha parte na liberdade que me cabe sem me sujeitar ao politicamente ou a cânones sociais. De resto, e repetindo o que digo no início, estar alegre, não é estar necessariamente feliz, mas carregar com um sorriso libertador, aquilo que a vida não faz por nós...