20.6.21

DO VALOR DAS PESSOAS


Excepcionalmente não publico uma foto minha, porque esta imagem convoca-me uma reflexão sobre nós e o nosso valor!

Temos sempre a tendência de credibilizar o outro pelo que faz, ou pela quotização social que tem!
Se, num grupo, todos se apresentarem e fazerem valer os currícula e méritos sociais, e chegada a vez de um colega simplesmente disser o nome e sorrir, não vão perceber a mensagem à primeira: de que aquele que temos à nossa frente não vale pelos títulos que tem, mas pela formação humana que demonstre e/ou lhe intuamos.

E, no entanto, as pessoas continuam no mesmo registo: de valorar o que o outro faz, apenas para saber com que grau de cortesia e de respeito o devem tratar!

Uma pessoa credível quere-se num registo q.b. de simpatia e entrega, nada de ser ela mesma e saber manter respeitos sociais, i.e., o politicamente correcto! Nada de mais errado. É, aliás, o primeiro engano. Claro que parecem muito descomplicadas e brincalhonas, mas há muito verniz sob essa aparente genuinidade!

E, assim, confundindo o crédito com o valor, mesmo que este também exista - mas nem sempre o contrário é verdadeiro -, caímos arrogantemente ignorantes (ou cínicos) na aferição de que o cão bem cheiroso e tratado que vai ostensivo e feliz no carro do dono, vale mais do que aquele outro numa carrinha a caminho do canil...