13.5.22

13 DE MAIO

 


Muito embora para a igreja, Fátima não seja um dogma de fé, ela é toda uma exegese de amor, é a razão a ser desafiada nos seus limites porque se revolta em não compreender o Mistério.

Na espiritualidade, razão e fé não se invalidam, já que, ao contrário das fadas e duendes, a ideia de Deus continua a ser racional.
Mas não se vive a espiritualidade nem se chega a Deus ou ao Mistério, através do esforço intelectual que possamos fazer.
É uma adesão interior, um caminho pessoal e único onde não entra o campo volitivo, tal como não escolhemos quem amamos numa lógica de um processo meramente racional.

A religião é apenas a vivência comunitária dessa adesão interior, onde as manifestações de fé acontecem como quem, gostando de ouvir música, não deixa, por isso, de ir a um festival ou um concerto, ou simplesmente socializa com amigos num café, porque a dimensão comunitária existe, independentemente da celebração individual dessa adesão interior de fé.
Fátima, tal como o Amor, estão para além da razão: não se explica: sente-se!