Carregamos tesouros. Os que levamos no coração. Não basta mudar o embrulho. É preciso ir à força contagiante da alegria. E quanta soberba intelectual não há por aí? E quantos vivem a sua vida num quadrado da sua existência como se as restantes pessoas fossem figurantes do seu palco? E quantos julgam já saber tudo, quando afinal ainda não sabem nada?... Umbiguistas, são sempre os dramas pessoais que tornam o mundo belo ou atroz. Mas sabermos que fazemos parte de uma cadeia universal que se chama Humanidade, é o melhor exemplo e a melhor lição. Não podemos ser nós de forma individual a catalogar o mundo como se inerrantes de uma percepção absoluta. O mundo somos nós. Todos. Se soubermos partilhar prendas: os tais tesouros que carregamos... ou não.
Vou escrever uns postais de boas festas. A virtualidade nunca me converterá totalmente a uma substituição artificial da textura do papel, do cartão, da beleza do selo e da magia do envelope enviado e recebido. E se não voltar a escrever aqui antes do dia 24, então os meus desejos a todos os que por aqui passam, são os do calor autêntico nessa cadeia humana tão próxima quanto anónima, e que cabe a cada um de nós ir quebrando os elos que a distanciam. Assim já é Natal! :)
