18.10.11

AO SOM DO MAR


Ao som do mar te escrevo. O mar interior em ondas revoltas e calmas.
Ao som do mar te escrevo, entrevendo desertos de areia em teu rosto, sede em teu coração.
Ao som das gaivotas me declino, incentivando-te a viajar dentro de ti.

Na suavidade da espuma, dos búzios e da areia, sentirás o fulgor dessa viagem solitária.
E os acordes lunares acedem às tuas mãos em banhos de luz.

Parte lentamente e ouvirás a caminhada.
Porque ao som do mar te escrevo. Com conchas de esperança.

E no deserto formam-se lagos e as conchas perdidas serão testemunha do teu amor.