15.1.12

OBRIGADO POR ESTAREM AÍ


Este canto fez três anos na sexta-feira passada. Nunca me publicitei pelos seus aniversários e nem saberia como catalogá-lo, já que tanto tem críticas da actualidade, como temas intemporais, reflexões, histórias pessoais, poesia, prosa, fotografia ou humor. Sim, porque prezo imenso o humor, não apenas como sinal de inteligência entre as pessoas, mas também como sinal de liberdade. Quem não sabe rir de si e dos outros, ou coloca sempre a vida em tons demasiado sérios e formais, não é certamente uma pessoa feliz. E esta mescla de coisas é que fazem deste blog uma extensão de mim. Por vezes mais crítico em temas hodiernos, por vezes mais contemplativo em textos e fotografias, por vezes em fotos com humor, por vezes no silêncio com que também falo e transmito.

Durante muito tempo recebi convites para concorrer a um tal "Top Blog" mas nunca o fiz. O que me move é a Partilha e não os concursos. Há poucos dias, porém, um blog amigo escreveu-me sobre outro concurso que se encontra a votação. Hesitei de novo mas concorri, ou seja, inscrevi o nome deste canto na modalidade onde me pude encaixar (à falta de melhor entre as várias existentes no concurso e que é "Auto-Conhecimento/Reflexão Filosófica).

A votação encontra-se aberta de hoje até ao próximo sábado dia 21, e deixei o link aí ao lado para quem quiser votar. Mas só se gostarem deste blog. Então, sim, agradeço. (No link ao lado, quem quiser votar, entre na categoria "Auto-Conhecimento/Reflexão Filosófica e lá estou eu, o último dessa lista, Sair das Palavras). O prémio é a partilha e é só por isso que aceito o convite amável de quem enviou e a quem publicamente agradeço. Obviamente que ficarei gratíssimo se alguém que quiser votar neste blog, mas obviamente que ficarei ainda mais grato (e digo-o do fundo do coração) se me continuarem a ler, mesmo que não comentem, mesmo que não enviem nada, ou mesmo que coloquem apenas algumas palavras de apreço por mail ou no facebook.

A palavra passe de acesso ao blog e a mim, é só uma: a Partilha! E disto sabem todos os que passam por aqui com amizade e bondade, com maldade e inveja, com interesse ou neutralidade. Desactivei os comentários há relativamente pouco tempo porque talvez assim consiga manifestar melhor que a única coisa que me move é de facto partilhar, e não levar as pessoas implicitamente a terem de me comentar. (Hoje os comentários ficam abertos por ser o aniversário e por ter recebido dois ou três e-mails a estranhar a desactivação do mesmos. Obrigado, amigas.). Mas se é bastante agradável receber feed-back, também sou apologista de que andar num frenesim pelos blogs a responder apenas a quem nos respondeu numa espécie de galhardete blogosferico, me causa alguma impressão, porque me soa a moeda de troca e não tanto à intensidade genuína do que se diz. E há pessoas que apenas comentam quando são comentadas. Isso fere-me.

Mas também a tanta gente boa e sincera que alimenta este blog pela sua presença amiga, eu dedico estes três anos, onde pessoas já se conheceram, onde outras tentaram maldizer , e onde a nata humana se revela sempre no que tem de mais belo e desonrado. Como dizia Terêncio, "Nada do que é humano reputo alheio a mim".

E como nestas coisas de autopromoçoes e elogios sou bastante envergonhado (o que não acontece se me refiro a terceiros), termino com o que vou vertendo para o blog, em partilhas eternizadas do que sou, do que sinto, das minhas fragilidades veladas, dos meus triunfos acanhados ou da minha indefectível posição em assuntos onde a justiça se quer acima de quaisquer interesses, paixões, amizades ou conluios. É nisso que reside a minha essência: a de alguém que prefere o caminho solitário, do que os sorrisos de cortesia quando se impõe a autenticidade. De resto, porque não a sinceridade do abraço, a entrega sem porquês, a canção do amor universal?

De nada valem os sonhos sem o Outro, que confirme pela Partilha íntima da alma em indizíveis contornos de entrega silenciosa ou gritantemente feliz, a razão da existência.

Agradeço, pois, a presença amiga ao longo do ano, e sintam-se individualmente abraçados num gesto onde tantos amigos há muito deixaram de ser virtuais.

"Somos todos anjos com uma só asa, e só podemos voar quando abraçados uns aos outros".

Deixo-vos com o final do "Clube dos Poetas Mortos".
Podia ter só posto isto e estava TUDO dito de mim. T U D O!