9.5.12

DE MÃOS ABERTAS

 
Divago na força que (não) tenho.
 Espraio-me entre lugares imaginados
e assisto-me carente num vazio que sei não ter.
 
O mar revolto que me faz,
 é também a água translúcida
de um lago tranquilo.
 
No luar molhado dos sonhos
 reside o brilho do (des)encanto pueril,
 porque sem a humildade das mãos abertas,
jamais tocaremos o céu que nos fará.