21.9.12

CAMINHO ERRANTE DA CERTEZA


...E no fim, mesmo depois das estrelas brilharem e do sol se emancipar, mesmo depois dos dias fortes na pujança do Tempo, voltas ao teu próprio canto com melodias de esperança e nostalgia, e ao quadrado tão grande quanto solitário que te faz as asas. Os teus olhos encher-se-ão de nevoeiro, e a tua voz será um eco no búzio perfeito da alma.
 
Encostando a cabeça sobre a mão em pose de quem nada quer dizer, sentes de novo a agitação do vazio que te abana as raízes, até de novo deixares de apoiar a cabeça num ciclo sazonal que a vida conhece e impõe, e suspirando forte, partes outra vez no caminho errante do céu que não encontras... mas onde o sonho emancipará a realidade que serás!