Há lírios na alma
e janelas de orquídeas;
manhãs de rosas em
vasos de crisântemos;
chão ladrilhado com
petúnias e arbustos de paz.
Há estrelas e malmequeres,
papoilas e rubis,
nuvens macias de amor
e abraços gentis.
Brisas amarelas em
jardins pintados de emoção
e telas dantescas no
escondido brilho da noite.
Caem folhas e rosmaninho
e cheira a alfazema de um
livro aberto tirado dessa
árvore colorida.
E cânticos de asas em atalhos
feéricos de um idílico caminhar.
Chegados ao portão grande
do espaço e do tempo,
em pórticos de força e
pedras de luz,
já os pés se confundiram
em raizes perpétuas de
outro caminhar,
e nas mãos sentidas
da gentileza dos gestos,
estão as asas do mundo
que partilha!