Quando erras no caminho
tapas com sorrisos nervosos
a frieza dos sentidos,
e esqueces sem sucesso
a ferida que infestaste
em alma alheia.
Em cambalhotas cegas
de apressada existência,
rolas sobre ti
com a inquietude
de um gesto perpetrado.
Um dia, agora ou amanhã,
sentirás os vidros que
partiste,
e descalçando as horas
tentarás repor os pedaços
como um perdão que te dás
num caminho vazio...
Mas não está em ti
o poder da paz,
até saberes
que nas mãos e no olhar,
se encontra a entrega de todo
o acreditar.