11.7.14

CONHECIMENTO E PAZ

 
O calor convoca-me sempre o infinito, os dias longos, as noites límpidas, o verde das árvores e recantos, ou o amarelo dos campos, muito mais do que a praia ou mesmo o mar... Há um intervalo existencial a descobrir, como quem mergulha em si sem sair do contacto com os outros, mas redescobrindo-se, reavaliando-se, entrando em contacto consigo, com os seus medos e anseios, com as dúvidas e incertezas, explorando as capacidades e reconhecendo-se muito mais limitado do que se supõe, e muito maior do que se julga! Um paradoxo que só o tempo vai limando, trazendo à colação da própria vida, devolvendo horizontes de olhar onde antes tudo era muito mais linear e por isso redutor! Estar, simplesmente estar, sem agendas nem frenesins, neste tempo quente, é já uma aceitação e enriquecimento de que apenas valemos pelo que somos, na tal redescoberta pessoal que tanta vez o ruído dos dias nos cega a conhecer...