25.1.17

DO (DES)INTERESSE

Um amigo escreve assim: "já não espero coisas boas ou más,(...)e se calhar já não acredito assim sem mais nem menos nas pessoas(...)muita vezes parece que entro numa porta e me deparo com um beco sem saida (...).A questão é se aquilo que fazes tem impacto na vida das outras pessoas, aquilo que eu tenho visto foi pouco ou nenhum, ja nao estou para ensinar ninguém ou ate partilhar o que eu sei, e muito menos mudar as pessoas, cansei-me de fazer isso, deixei de me importar...".
 
Tantas vezes nos sentimos assim, desorientados e impotentes, e claro que em todos estes "já não me importo" está uma vontade contrária, apenas ofuscada pela falta de feedback! Precisamos de nos perdermos para nos encontrarmos, e mesmo que não nos encontremos o que importa é o caminho que fazemos!
Dos outros esperamos sempre mais porque também damos muito de nós, mas precisamos de saber que não está no nosso poder mudar o outro, que é em si um mundo de que apenas vemos uma parte, e que temos de viver com isso; resta-nos não desistir de sermos nós, ainda que não aprendam ou agradeçam!
 
Tal como não podemos controlar o que o outro sente e como se manifesta (deixando-nos tantas vezes revoltados com as suas atitudes tirando-nos a paz), também não podemos pretender que aprenda e mude como gostaríamos, o que não significa que tenhamos de elogiar o seu estilo, mas é em nós que está a diferença, não no outro, em aceitarmos com a paz possível num exercício que não é fácil mas que é o único possível, que as atitudes não dependem de nós, mas sim o que sentimos...