5.1.19

O ESSENCIAL...

Gosto de ser livre, despido dos cânones sociais e dos respeitos humanos, das quotizações intelectuais que enclausuram o espírito, de não ter problema algum em educadamente expressar o meu sentir sem limitações de ficar ou não bem nos círculos intelectuais e sociais, de brincar com as situações, de ser simples... Mas é preciso também muita interioridade. Precisamos, não apenas de não estarmos presos a uma credibilidade social que é fantasiosa, como de não deificarmos o ego. A razão é cega, não vê as coisas como elas são, não olha para o homem como ele é, não olha para a realidade como ela é, não olha para o mundo como ele é! E é por isso que não se surpreende com o espanto, com a novidade, nem regista a mudança.

Somos um todo e não apenas cérebro, somos muito mais do que nervos, tendões e ossos, e é a emoção que comanda as nossas decisões, mesmo quando supomos o contrário. Precisamos de nos elevar acima da maledicência, e consciencializar que somos também dádiva, entrega, amor, espírito, alma... E sem essa percepção interior de quem verdadeiramente somos, continuaremos num silogismo existencial, outorgando à fantasia social o que não é, e à razão aquilo que não lhe cabe…

Precisamos de saber fazer caminho interior que desemboque sempre na essência, e saiba fugir à superficialidade das coisas… e das pessoas!