28.5.19

PARADOXO DO AUTO RESGATE


Há pessoas que vivem sós dentro de si. Dores emocionais e vidas de sofrimento. Há risos que são uma forma encapotada de chorar. Somos frágeis mesmo quando nos mostramos fortes. De nada valemos se não formos pessoas autênticas. Mesmo nos aspectos mais desonrados. Claro que as defesas todos as usamos. Até inconscientemente como mecanismo de adaptação e sobrevivência. Mas quando as defesas se tornam tão fortes que nos escudamos em seres que não somos, é um oxigénio artificial que respiramos, é uma outra vida que vivemos, e são muitas as fontes de desencanto e animia, de desconsolo e ansiedade, de frustração e de dor.

Não se trata dos serviços mínimos das defesas comuns para tapar fragilidades, mas daquelas que não nos permitem revelar a nossa própria condição, até porque uma pessoa continuamente forte, segura e feliz, algures perdeu a noção de quem é, na imagem que forçadamente quer dar de si...