Este meu canto começou em Janeiro de 2009. Entrar na blogosfera foi um pouco perceber que os blogs eram muito umbilicais, excepção feita a blogs temáticos (poesia, fotografia, cinema...), e como visse muita hermetização nos blogs, com nicks, avatares embora também com nomes verdadeiros, foi assim que nasceu o nome “Sair das Palavras”, como quem se dá para além do que escreve, como quem falando sobre um livro que suscitou interesse, um filme que viu, uma música que ouviu, não deixa por isso de se dar a conhecer melhor também como pessoa e não mero bloguista.
Quem me segue ou me vem descobrindo, repara que existem duas naturezas que costumo usar nos posts: o lado lúdico, de entretenimento, e o lado sério. No caso dos posts descontraídos não o faço com textos humorísticos que não tenho jeito nenhum (para isso recomendo blogs como o Peter of Pan ou o Rafeiro Perfumado), mas com montagens da net caricaturando situações, umas surreais, outras divertidas e brinquei também comigo mesmo usando montagens em vários posts. Os restantes posts são geralmente sobre tudo menos economia, desporto, televisão... São sobre o tecido humano, a ética e a filosofia dos valores, experiências e partilhas.
Talvez resulte daqui uma ideia de ser muito sério e compenetrado, mas sou muito ambivalente: tão contemplativo, introspectivo, amante da partilha e intrépido defensor do Ser Humano, do ser-se Pessoa com tudo o que lhe é inerente, quanto divertido, brincalhão (aquele humor fácil do Herman José ou o diferente humor dos Gato Fedorento, são-me ambos imensamente apelativos).
Quem me segue ou me vem descobrindo, repara que existem duas naturezas que costumo usar nos posts: o lado lúdico, de entretenimento, e o lado sério. No caso dos posts descontraídos não o faço com textos humorísticos que não tenho jeito nenhum (para isso recomendo blogs como o Peter of Pan ou o Rafeiro Perfumado), mas com montagens da net caricaturando situações, umas surreais, outras divertidas e brinquei também comigo mesmo usando montagens em vários posts. Os restantes posts são geralmente sobre tudo menos economia, desporto, televisão... São sobre o tecido humano, a ética e a filosofia dos valores, experiências e partilhas.
Talvez resulte daqui uma ideia de ser muito sério e compenetrado, mas sou muito ambivalente: tão contemplativo, introspectivo, amante da partilha e intrépido defensor do Ser Humano, do ser-se Pessoa com tudo o que lhe é inerente, quanto divertido, brincalhão (aquele humor fácil do Herman José ou o diferente humor dos Gato Fedorento, são-me ambos imensamente apelativos).
O sentido de justiça é o que mais mexe comigo e sou tão defensor da verdade como amante do riso, da gargalhada simples e descontraída, e sobretudo, amante da partilha, do venha daí esse abraço, o que me coloca na lista de ingénuos. Não que me orgulhe disso, pelo contrário, mas porque quando julgamos os outros por nós, estamos a moldar dioptrias que outros não precisam ou ainda lhes falta. Por isso aludo sempre ao sentido de autocrítica, de isenção, de respeito e amor à verdade, mas também orientando o pensamento para a justiça e não para o justiceiro. Devemos actualizar sempre as nossas decisões, com tudo o que isso implica de perda, de auto-estima, de mostrar a nossa fragilidade e vulnerabilidade, mas é quando somos mais bonitos, porque não nos mostramos construídos, totais, senhores de certezas, deixando espaço para a dúvida, a reserva de honra, e sabendo que mudar mexe com toda a estrutura do ser, o que torna mais difícil a auto-análise.
Sou um adolescente no entusiasmo, não me identifico com as pessoas que estão sempre a dizer mal de tudo, entre o criticismo e o reaccionário, parecendo nunca haver nada de bom no mundo, e prefiro escrever o que penso do que dizer o que não acho apenas para não criar ondas ou agradar, sob pena de me custar eventuais perseguições ou mal entendidos.
Sou uma pessoa estruturalmente dinâmica mas sem suporte pessoal. Preciso muito dos outros. Ajo por incentivos. A minha fragilidade é tão grande que os mecanismos propostos pelo inconsciente fazem ter aquela postura que não passa de uma defesa. Se alguém me aborda sou do mais natural e empático que há. Há pessoas que se interrogam se lhes tocam, se as abordam por qualquer coisinha e quase ficam ofendidas. Eu não. Como costumo dizer, sou muito povo.
Gosto do cheiro a terra molhada pela chuva, do silencio do amanhecer com os fortes vínculos da aurora, da noite silente, do barulho das ondas, da chuva miudinha a bater nos vidros da janela, da intimidade, dos velhos jogos de mesa como o monopólio por exemplo, de fotografia, do som das pedras debaixo dos sapatos em caminhos desses, dos pormenores que escapam quando se vai na rua e que podem estar no canto de uma vitrine, ou da forma de uma chávena de café, ou da arquitectura de uma cadeira, ou do olhar das pessoas, sou muito afável, meigo, terno,... violentamente estúpido, portanto. Mas apesar de tudo, continuo igual a mim mesmo, embora tendo criado alguns anticorpos que julguei nunca ser preciso.
Ainda não percorri a estrada do sensato. A paixão dá cor e forma à vida. Alimenta-o. Sou muito violento nos afectos. Para mim uma relação só faz sentido se for tendencialmente eterna. De resto, não encontro lógica no amor. Encontro entrega, abismo, energia e vida. Isto aplica-se tanto no amor como na amizade.
Dizem também que sou muito paciente e empreendedor. Eu sou é muito frágil por menos que possa parecer, e não gosto de pessoas rudes e brutas. Lamento que tenham histórias pessoais de canhão, mas não sou obrigado a seguir os padrões dos outros. O que não invalida toda a irascibilidade (sem jamais desejar mal a alguém) na defesa do que estiver a professar.
Ninguém fala com quem não conhece, ninguém esboça sorrisos gratuitos. Mas há sempre alguém que ainda vai quebrando as regras ;)
Que a blogosfera possa ser uma rede social de união e não de afastamento, sectarismos, ou egoismos velados. No que me diz respeito, é o que tento, ainda que possa eventualmente não conseguir.
Ainda não percorri a estrada do sensato. A paixão dá cor e forma à vida. Alimenta-o. Sou muito violento nos afectos. Para mim uma relação só faz sentido se for tendencialmente eterna. De resto, não encontro lógica no amor. Encontro entrega, abismo, energia e vida. Isto aplica-se tanto no amor como na amizade.
Dizem também que sou muito paciente e empreendedor. Eu sou é muito frágil por menos que possa parecer, e não gosto de pessoas rudes e brutas. Lamento que tenham histórias pessoais de canhão, mas não sou obrigado a seguir os padrões dos outros. O que não invalida toda a irascibilidade (sem jamais desejar mal a alguém) na defesa do que estiver a professar.
Ninguém fala com quem não conhece, ninguém esboça sorrisos gratuitos. Mas há sempre alguém que ainda vai quebrando as regras ;)
Que a blogosfera possa ser uma rede social de união e não de afastamento, sectarismos, ou egoismos velados. No que me diz respeito, é o que tento, ainda que possa eventualmente não conseguir.
Sintentizando sobre mim, recorreria a Miguel Torga: "Fui sempre todo doente, todo agónico, todo sensual, todo inocente, todo pecador. O caixão que me levar dentro, leva uma vida humana maciça".
Obrigado por estarem aí.