Converges o olhar na noite.
O pensamento delega-se num vazio entrado.
Caminhas com a mansidão do luar e tropeças em arbustos que te conduzem assim.
Névoas estridentes cerram-te o olhar
e com tuas mãos
fias estrelas e nuvens
que no silêncio doas.
E a noite silencia o ruído e enumera confiante e segura os segredos do amor.
Desse amor universal que se nidifica nos céus e se sente vestido e dado em pessoas como tu.
Assim. Simples e belas.
Porque na noite e no troar do mundo,
é a tua luz quem ilumina e a tua mão quem devolve a paz.
Depois acordas com um sopro das fadas e nada recordarás do teu valor.
E voas sem saber em universos infinitos que te escapam sempre mas que sabes alcançar.
Assim. Como quem murmura ao ouvido da noite a paz que o dia não tem!