de um azul abrasador.
e em suave encanto baptizas a luz
em incontornáveis gemidos do ser
para que caiados de uma voz grandíloqua,
se façam excelsos na noite ao redor de nós
e em tudo se encontrem as estrelas
que hão-de contar os passos de um céu
partilhas-te na métrica do tempo
pontuando essa música celestial.
sempre a música, leve e solta, bela,
e tão densa e fúnebre de céus que tu conheces
e tão densa e fúnebre de céus que tu conheces
e assim, possante e bela a sinfonia dos gestos
que não quer olvidar o amanhã em contínuo interregno
numa vida em suspensão
e as águas ondulam-se graciosas
entre estrelas fugidas de outros brilhos
entre estrelas fugidas de outros brilhos
e nesse encanto todo, imersão e universo, a música constante
típica e bela, defraudada e sonolenta, miraculosa e sentida
perfumando os poros sujos do suor da tentativa
que se repete única em cada nova esperança
teimosa e pueril de um sustenido infinito
que se repete única em cada nova esperança
teimosa e pueril de um sustenido infinito
que trará na tarde de um dia solarengo
a areia que teus pés visitaram dentro de mares profundos
a areia que teus pés visitaram dentro de mares profundos
na espiral cúmplice da melancolia do tempo
que revira o marulhar até outra costa, outra música, outro mundo
dentro de ti povoado em sempre eterno cosmos
que se revoga e renova depois do sonho violado
que revira o marulhar até outra costa, outra música, outro mundo
dentro de ti povoado em sempre eterno cosmos
que se revoga e renova depois do sonho violado
ondulante chegas a uma praia débil,
cheia de gaivotas e de luz
e estendendo a mão sobre o mar
teu sorriso impera sobre os peixes que das profundezas
se reviram em danças que não sabes.
se reviram em danças que não sabes.
mais musica. mais tempo. mais tu.
como se tudo parasse quando os sons inebriam o dia
e tocam na alma tudo o que ela é
e tocam na alma tudo o que ela é
rio fluído, mar dançante,
via láctea de amor universal
um som agudo e forte que se repete
sem estertor de uma vida incompleta
eis-te luz e caminho nos passos perdidos do tempo que se inquieta
ante teu caminhar errante mas livre, belo e atento
em profusões de carinho e de ternura num piano cujas teclas soltas ao falar...
assim. sempre. como uma orquestra inteira e épica,
adornada de dores e alegrias
inebriando quem passa ao redor
transformando em brilho o cinzento das cores com que se tapam
até de novo se ouvir um suspiro ritmado e convulso de pujantes sentires
em amor feito. em onduladas águas encontrado.
em pianos sorridentes de um dia assim,
espuma excelsa que devora os dias no beijo do mar
ondulando-se leve na musica que traz sereno o mundo
e caindo sobre mim como água pura de chuva miudinha
em dia cinzento e frio do mundo das fadas que agora fazem ouvir outra canção