Divago na força que (não) tenho.
Espraio-me entre lugares imaginados
e assisto-me carente num vazio que sei não ter.
O mar revolto que me faz,
é também a água translúcida
de um lago tranquilo.
No luar molhado dos sonhos
reside o brilho do (des)encanto pueril,
porque sem a humildade das mãos abertas,
jamais tocaremos o céu que nos fará.