18.1.20

DIA DO RISO

Celebra-se hoje, o Dia internacional do Riso, e o riso é uma arma poderosa. Não porque existam sempre motivos para rir, quando tantas vezes é exactamente o contrário, mas porque o riso é uma terapia. Existem empresas, também portuguesas, que começam o dia com uma sessão de meia hora de riso, mais ou menos orientado, o que parece ridículo, mas leva a que, necessariamente, a predisposição (e, com ela, a eficácia laboral), acabe por ser outra.
Quando rimos, atiramos para longe a carga emocional e psicológica do sofrimento, abrindo comportas de oxigénio para a alma, também esta constantemente invadida pela poluição humana da sobrepreocupação, do quadrado da existência, do ruído, da ansiedade e da urgência.
Esta higiene mental do riso, é, também, saúde pessoal e colectiva, porque se contamina com humanidade, o que outros cospem com acidez e frustração.
Somos todos mortais, de nada vale afiar o dente em modos de vida desiguais, nem confundir a aparente felicidade com um modo de encarar a vida.
Muitas vezes a dor é forte, o pessimismo é terrivel, o desalento mata os sonhos, a solidão destrói e encarcera, e em tudo isto, a resiliência, a capacidade de superar e acreditar, a entreajuda e essa formula mágica que é o amor nas suas diversas manifestações, têm um papel crucial na noção nem sempre presente de que a vida é dinâmica, e de que muito do que teorizamos e planeamos, acaba por acontecer ao lado ou nem acontecer.
Saber rir, está longe de representar uma pessoa feliz, antes alguém que não faz pagar o mundo pela parte que lhe coube, e que relativiza artificialmente o seu próprio sofrimento, exorcizando-o!
É certo que o crédito social costuma estar associado a um ar mais pomposo, austero ou obtuso, mas são estas disfuncionalidades sociais que enclausuram e bloqueiam, já que recalcamos a emoção por interditos sociais, e isso não apenas é uma desinteligência, como um atentado, sem falar nas consequências práticas dessa rejeição auto imposta...
Estar alegre, não é estar necessariamente feliz, mas carregar com um sorriso libertador, aquilo que a vida não faz por nós...