13.4.21

DIA INTERNACIONAL DO BEIJO


 Ninguém é feliz todos os dias, e muito menos se não tiver e souber ser alma!

Hoje é o dia internacional do beijo, mas o beijo, tal como o sorriso, é só outra forma de abraçar!
É preciso corrigir o nosso eu. É necessário viver com paixão, sentindo a profundidade do abismo e o terror da morte, a força do amor e o estremeção da alegria, sob pena de chegarmos ao fim, sem termos tido, sequer, uma vida.
Quem é livre, é geralmente solitário, porque paga o preço de ser ele mesmo e não um personagem. Como diz Carlos Jung, "ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas por tornar consciente a escuridão... "
E a escuridão desinstala, obriga à mudança, e esse contacto a um nível tão profundo do self, do que cada um verdadeiramente é, aterroriza-nos, porque nos obriga a não aceitar o suficiente como bom, numa atitude em que mascaramos a felicidade por uma fingida recompensa imediata, as tais figuras de luz em vez de consciencializar a escuridão...
No dia internacional do beijo, saber dar e receber é outra reflexão importante, porque estamos socializados à ausência do contacto físico, Covid 19 à parte, quando ele é uma manifestação exterior do "quero-te bem", do "gosto de ti"!
Só quem é verdadeiramente livre pode amar, seja o amor universal e oblativo, seja o romântico! O "free hugs" que todos nós já vimos, é precisamente uma forma de alertar para a hermetização em que vivemos. E todo o caminho se faz mais rápido e melhor, quando nos damos, na genuinidade do ser e não no blush social.
Aqui ficam beijos e abraços apertados, antes que nos robotizemos sem dar por isso, porque viver é cada hoje, cada aqui, cada agora. O resto é deslocar o verdadeiro objecto da felicidade e com isso nos queixarmos de nunca a encontrar...
É que há feridas e mágoas que, se as víssemos, olhariamos para as pessoas com a mesma reverência com que as ignoramos... Há sempre alguém a precisar de ser beijado e acarinhado. Pela atitude...e manifestação física... Nem que esse alguém sejamos nós...