20.11.22

DIA UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA



E os adultos, Senhor? Hoje é o Dia Universal dos Direitos da Criança, e houve um tempo em que ser criança era quase sinónimo de sub humano, vergadas às imposições dos adultos e quase equiparadas a coisas, mas fez-se uma tão grande apologia em contraposição a outros inglórios tempos, que o paradigma quase mudou, e além de já nascerem numa época ainda mais globalizada e tecnológica, só falta virem com livro de reclamações.
A pedagogia educacional reveste-se sempre de uma importância maior, quando se acentuam declives onde, ter, é um direito adquirido e reclamar é uma consagração!
As crianças merecem tudo, e educar é sempre uma tarefa exigente, mas igualmente um tremendo desafio numa era de convulsão de valores, onde, paradoxalmente, os pais e educadores em particular, se tornaram os escravos dos caprichos das crianças, endeusando muitas vezes egos em construção, sem se aperceberem que agora, os oprimidos são eles...
Não é perguntando constantemente às crianças o que é que elas querem, ou enchê-las de coisas, apenas coisas, sem pedagogia nem encanto nem magia, como os videojogos ou a tecnologia em geral, que se dá o melhor! É preciso estimular o dom da apreciação, do encanto, do tradicional, do simbolismo, da partilha e dos valores de entreajuda, do acessório e do essencial, e não da engorda cega de panfletos para escolherem o que querem, ou da tecnologia e hedonismo onde os valores estão ausentes e a formação humana desvirtuada, para não assistirmos a situações onde em vez de crianças temos Trumps e Bolsonaros em formação, caprichosos, néscios e arrogantes...
É suposto que os adultos sejamos nós...