21.12.11

CHRISTMAS SONG

Como se comemora o Natal quando não se é crente?  Cospe-se para a época? Maldizem-se os que celebram? Pede-se fé? Reflecte-se que um ateu é um filho adoptivo que não reconhece a existência do pai?

Seja como for, a matriz judaico-cristã existe em todas as pessoas de bem. Falar-se-ia em direito natural ou suprapositivo em terminologia jurídica. E pelo facto de essa matriz estar plasmada na nossa cultura e, mais do que isso, na nossa interioridade, já por si é motivo para se celebrar o Natal.

Isto porque não estamos a falar de um data inventada, de um Buda ali ao canto ou de uma abóbora de Halloween! A data verdadeira de Natal será algures no Verão, mas foi o solstício de Inverno a data escolhida pelo imperador romano Aureliano como a data pagã do sol  invencível e, mais tarde, depois da paz de Constantino, a Igreja instituíu na mesma data de 25 de Dezembro a celebração do Natal.

Digo e redigo, como em anteriores posts, que Natal deve ser sempre, e nem as prendas são um bom motivo para o celebrar. É nos anónimos dias do ano que tanta falta faz que façamos Natal! E dei com alguma curiosidades sobre a época, como o facto de na Arábia Saudita os enfeites de Natal não serem permitidos, ou que são as Filipinas que têm o maior período de celebrações natalícias (nós oficialmente são só duas semanas). Que a Igreja Ortodoxa só o celebra a 7 de Janeiro e que na Venezuela é costume servir-se tostas e café depois da missa do galo.

Na Polónia o Pai Natal dá presentes às crianças duas vezes: dia 5 e dia 24 de Dezembro, e na Rússia é na véspera de Ano Novo. Mas na Hungria é o Menino Jesus que leva as prendas às crianças e na Finlândia existe uma Declaração de Paz Natalícia!

Natal é comunhão mas é também interioridade. Ofereço-vos estes dois videos deliciosos numa época niilista para muitos, cor de rosa para outros, negra para uns quantos. Mas que se faça Natal independentemente do credo ou ausência dele, que se faça a diferença no Homem e se perpetue ao longo da vida e do ano, é isso que conta.

(Não costumo falar sobre as fotos que tiro e que partilho, mas esta não foi tirada este ano em que a míngua é tanta que até foi demais. Se acho um exagero gastos milionários e sumptuosos em anos anteriores -esta foi o ano passado na baixa de Lisboa-, também nao precisamos de ficar quase às escuras ;) 

E aqui ficam os dois videos. Espero que gostem :)