20.6.12

GEOMETRIA HUMANA

Auscultei o ser humano nas suas diversas constelações e vertentes. Nos conceitos de realidade kantiana e nietzschiana. No moralmente correcto ou socialmente errado. No deus pessoal revelado nas escrituras bíblicas do antigo e novo testamento, e no deus cósmico das vibrações do universo. Da relação livre e dos amores titânicos. Da nebulosa dos conceitos, como amor e felicidade, e da igualdade intrínseca do homem e sua diferenciação social e profissional.

Tudo isto escutei em diferentes pessoas que, por um motivo ou outro, se me confessaram informalmente ou responderam em conversas pontuais. E apesar de todas as pessoas serem válidas e obrigarem (in)voluntariamente a reflectir sobre tão diferentes perspectivas e sensibilidades, apesar da dificuldade na súmula de tão diferentes sentires, o Amor parece-me continuar a brilhar no mais recôndito de cada um,  levando-me invariavelmente a concluir  que, mesmo na maior dissertação intelectual, na mais brilhante assertividade óptica de um estar pessoal, é sempre a necessidade de aprimoramento de alma, de encosto humano e aceitação, enfim, de amor, que reclama a origem do ser, e por isso muitas vezes nos iludimos, julgando dormir com a consciência tranquila de apenas sermos nós!