Um amigo blogista insurge-se no seu blog (Prazer Inculto) sobre a decisão judicial de dois anos de pena suspensa sobre a mãe afectiva da menina conhecida por vários nomes, entre eles, Esmeralda.
Todas as opiniões são válidas e merecedoras de respeito e, por natureza, os pais afectivos são sempre melhores do que os pais biológicos. Mas há excepções. Ninguém duvida do amor e do cuidado que o casal afectivo terá pela menina (o nome é discutível), - apesar do relatório de que os pais afectivos teriam personalidade distorcida e paranóica e convenhamos que se comportaram sempre como uns outsiders-, mas o facto é que, quando o verdadeiro pai (este não como os outros que não se importam dos filhos) toma conhecimento do caso e, após testes de paternidade conclui ser sua filha, não há argumento que valha para não entregar a menina ao seu legítimo pai.
Digo mais: se os pais afectivos gostassem TANTO da menina que adoptaram, não a teriam sonegado todo este tempo, fugido à justiça e ao mais elementar direito do pai em ter a filha. (Estamos a falar de uma pessoa de bem, não de um alcóolatra). SE gostassem TANTO da menina, tê-la-iam entregue quando ela tinha DOIS anos e não agora por via da justiça com seis.
Trata-se de poder, de afirmar a sua posição sobre a dos outros e de uma forte corrente pública em torno deles que se gerou e que lhes deu força para continuar uma batalha que, se virmos bem, visa mais os próprios ( Luís Gomes e mulher) do que a menina. Em tê-la, não em amá-la apenas.
De resto, a menina tem estado bem com o pai. Parece que até isso se quer tirar à criança... O SEU verdadeiro pai. Para mim, a parentalidade partilhada logo no início quando o sargento e a mulher se mostraram inamovíveis quanto à pretensão do pai e às decisões judiciais, como se a criança fosse um automóvel e não um ser humano, teria sido o mal menor.
Mas folgo em saber que ela se encontra bem (demais do que se esperava) com o seu pai biológico, mais do que em saber se houve sanção por uma mulher ter subtraído sem razões validas a criança a tudo e a todos. Não sabia ela que quando crescesse a menina podia perguntar quem eram os seus verdadeiros pais?