Só temos o direito de julgar os outros quando temos capacidade de nos julgarmos a nós. E essa capacidade não é uma virtude, ou tornar-se-ia num dom hipócrita. É uma descoberta quotidiana, pessoal, de conversão, ou seja, de mudança de atitudes porque há que repensar a nossa existência e, como sempre digo, actualizar as nossas decisões.
A Justiça é o acto de julgar o comportamento alheio pelas acções exteriores, castigando-o ou premiando-o, e assenta na fronteira mais débil que encontro no Homem: a Lei... e o Amor. Julgar, implica antes de mais um humilde conhecimento de nós mesmos, já que se me considerar impoluto, símbolo de justiça e de virtude, posso estar a ser o meu próprio bilhete para a viagem à desumanização e consequentemente à injustiça. Quando fazemos teoria somos os senhores absolutos da dialéctica, mas quando descemos aos factos, sentimo-nos superados por aqueles que os vivem.
A justiça humana é a mais precária condição que conheço. Basta que alguém sem escrúpulos reúna provas falsas, testemunhos comprados e consciências abortivas, para provarem na sala de um tribunal o oposto ao que esse mesmo tribunal representa: a injustiça e a mentira. Valha-nos o in dubio pro reu, principio jurídico a partir do qual do qual mais vale um criminoso à solta do que um inocente preso. Mas também no dia a dia montamos os nossos tribunais e declaramos as nossas sentenças, senhores absolutos e inerrantes. Somos assim tão bons?
Sempre actual é a terrível afirmação de Rousseau e que sempre gostei muito de citar. “O Homem nunca é suficientemente forte para ser sempre o senhor, se não transformar a sua força em direito e a sua obediência em dever”.
A autoridade da justiça não reside nela mesma e muito menos na subserviência à lei (justiça e lei são diferentes), mas ao espírito que a preside. Por isso é que só o amor entendido na justiça do Homem pode e sempre deve julgar.
A Justiça é o acto de julgar o comportamento alheio pelas acções exteriores, castigando-o ou premiando-o, e assenta na fronteira mais débil que encontro no Homem: a Lei... e o Amor. Julgar, implica antes de mais um humilde conhecimento de nós mesmos, já que se me considerar impoluto, símbolo de justiça e de virtude, posso estar a ser o meu próprio bilhete para a viagem à desumanização e consequentemente à injustiça. Quando fazemos teoria somos os senhores absolutos da dialéctica, mas quando descemos aos factos, sentimo-nos superados por aqueles que os vivem.
A justiça humana é a mais precária condição que conheço. Basta que alguém sem escrúpulos reúna provas falsas, testemunhos comprados e consciências abortivas, para provarem na sala de um tribunal o oposto ao que esse mesmo tribunal representa: a injustiça e a mentira. Valha-nos o in dubio pro reu, principio jurídico a partir do qual do qual mais vale um criminoso à solta do que um inocente preso. Mas também no dia a dia montamos os nossos tribunais e declaramos as nossas sentenças, senhores absolutos e inerrantes. Somos assim tão bons?
Sempre actual é a terrível afirmação de Rousseau e que sempre gostei muito de citar. “O Homem nunca é suficientemente forte para ser sempre o senhor, se não transformar a sua força em direito e a sua obediência em dever”.
A autoridade da justiça não reside nela mesma e muito menos na subserviência à lei (justiça e lei são diferentes), mas ao espírito que a preside. Por isso é que só o amor entendido na justiça do Homem pode e sempre deve julgar.