germinam flores
amarelecidas em teu caminho,
quando julgaste um roseiral abençoado.
ervas daninhas trepam-te a alegria, quando pensaste sem escolhos o caminho.
nuvens
encerram-te a esperança
nesse andar esmaecido
da emoção que não encontras.
mas como tudo o que é vivo sofre as mudanças da alma, assim a tua luz se ofusca
em precoce desencanto que
julgavas já não ser.
mas eis a flor em dia de água, gotejante e bela na
serenidade da chuva, porque desta à loucura do calor irrespirável, vão as horas de desnorte e reencontro,
que farão de ti, depois do olhar desencantado, o novo sujeito do amor.