20.5.12

RESPIRAMOS POESIA!?


Respiramos poesia quando nas mãos enlevadas do sonho
agimos com a firmeza do coração.
Respiramos poesia quando na trovoada quente da tarde
vemos os tambores de uma festa imaginária e
sonhamos palavras em gestos oferecidos.

Quando damos o colo da esperança e o afecto do olhar
e colorimos com outras cores o que tantos desfeiam.





Quando atrás de uma borboleta encontramos, afinal, o arco-íris
com potes de ouro de que nao precisamos e
pores do sol que nos engrandecem a alma.



Respiramos poesia
com as mãos e o olhar
mas também quando no caule de

 uma flor encontramos o orvalho
 perdido de um dia que ninguém quis, e
vemos que na chuva matreira
que estragou a festa e a praia,
se encontrava, afinal,
 tanto acolhimento e bondade.

Escrevemos poesia
com palavras imaginárias e
sonetos diversos, mas só respiramos
poesia quando da dor que dizemos sentir
 e das festas que fazemos,
 congregarmos num único verso
o poema da entrega!